quinta-feira, outubro 12, 2006

A Reforma Liberal






No início do século XIX a Maia teria cerca de 74 freguesias. Com a reforma liberal torna-se "concelho independente", mas, perderia em 1836 , "além das que já perdera com o foral de D. Manuel I" a maior parte das freguesias em benefício do Porto, Valongo, Matosinhos, Santo Tirso, e Vila do Conde e permaneceu durante um século e meio com as restantes 16, em 1985 o desmembramento de Águas Santas cria uma nova freguesia - Pedrouços.

De acordo com o primeiro recenceamento feito à população do país em 1527, o Concelho da Maia teria cerca de 2000 fogos e a população não ia além dos 8 a 9.000 habitantes. A freguesia de Águas Santas era o povoado que mais se destacava com cerca de 300 habitantes.
No início do século XVIII, o Concelho duplicava o número de fogos (cerca de 4377) e teria um total de 18.000 habitantes. Até 1903, a sede do concelho funcionava no lugar de Castêlo em Santa Maria de Avioso, sendo então transferida para o lugar de Picoto na freguesia de Barreiros, elevada a categoria de vila em 13 Dezembro de 1902 , "já possuía no século XVIII uma prosperidade económica de caracter agrário". A freguesia de Barreiros passaria a denominar-se MAIA em 21 Dezembro de 1950.

Em 1928, o número de fogos atingia os 6541 e os habitantes 26.000. A maioria da população mantinha-se ligada à agicultura tornando esta zona numa das mais ricas dos arredores do Porto, onde se produzia trigo, milho, centeio, cevada, castanha. Até à segunda metade do século XIX esteve praticamente sem industria, e em 1966 aparece pela primeira vez uma fábrica de moagem de cereais, a utilizar energia hidráulica e a vapor dentro do concelho (Águas Santas). Em 1880, já dois moínhos utilizavam energia a vapor, ao lado de cerca de 58 a água e um a energia eólica. Até à década de 1950, o desenvolvimento industrial manteve-se paralisado.


Entre as artes e ofícios que se praticaram ao longo dos tempos no concelho da Maia, pode-se salientar, os brinquedos, a carpintaria, a cerâmica, a sestaria, a chapelaria, a confecção de trajes regionais, a doçaria regional, a escultura, o fabrico de aguardentes e licores, azeite, candeias, enchidos,instrumentos musicais, do pão, de sinos, de socos e tamancos, a fundição, a latoaria, pirotecnia, tapeçaria, a tecelagem o trabalho do ferro e estanho, do marfim da pedra e do vidro e vassoraria.